Ontem, estreei-me nas seguintes façanhas:
a) Acomodei o rabiosque nas cadeiras da Cinemateca.
b) Visionei um filme do João César Monteiro e vivi para contar a história.
c) Assisti, ainda, ao meu primeiro filme com cortes da censura.
Vamos por partes:
a) Confortáveis e fofinhas.
b) Era uma curta de 17 minutos sobre a Sophia de Mello Breyner Andresen (a duração do filme e a sujeita em causa foram dois bons motivos para ter sobrevivido).
c) Chamava-se “La Ragazza con la Valigia” e foi rodado nos anos 60 pelo italiano Valerio Zurlini, contemporâneo do Antonioni. Uma lição de amor ingénuo vs. desencanto adolescente com o melhor dos sentidos cómicos. Mais cómico ainda foi assistir à obra da censura, quer através das dezenas de cortes escandalosos (exemplo: a aproximação para o beijo, o corte, a cena seguinte com o casal já afastado, sem mostrar o colar dos lábios), quer na omissão de legendas (há uma cena em que a belíssima Claudia Cardinale fala sobre o seu ex-marido, um "comunista inteligentíssimo”. Nas legendas não aparece “comunista”, porque as legendas também comem criancinhas).
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 3 semanas
1 Ópinanços. Com ó.:
É verdade. Eu estava lá e assisti.
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