Há um ano, escrevia-se assim... quando ainda pensava que a culpa era minha!
Como as coisas mudam. Mas as desculpas servem à mesma, que a consciência tem destas coisas.
Desculpa.
Os eus de todas as horas.
Os olás de Verão.
Os talvez de manteiga no alpendre,
numa tarde de sol.
Os sorrisos enganadores de ternura.
Os acessos masoquistas de águas furtadas
no meu sótão lacrimal.
Os voos lamacentos,
De uma lama perfumada
que só é feita nas Arábias,
lá, onde tudo é exótico e arábico.
Os precoces perdões,
sábios de fé, pobres de sábios.
Os amanhã veremos
e a eterna languidez das decisões.
Os desejos inarráveis que ficam cá dentro,
submissos, culpando-te pela falta de sangue na guelra.
Os empurrões para fora da gruta,
para junto dos bichos,
retocando-te a máscara de lobo.
A incompreensão de um cordeiro.
A dor. A verdadeira que nunca conheci.
O amor. Que afastei do meu colo e do teu.
Foi tudo ontem.
Há 5 anos
0 Ópinanços. Com ó.:
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