O périplo de episódios bizarros da passada semana começa no Fórum Algarve. A missão: comprar bilhetes para o “Bee Movie” (mas a versão portuguesa, que eu levava crianças no regaço e o grande Markl é mel para os meus ouvidos).
- Boa tarde, senhora da bilheteira [pronto, fiquei-me pelo ‘boa tarde’]
- Boa tarde, menina dos óculos berrantes [esta última parte também inventei]
- Boa tarde, senhora da bilheteira [pronto, fiquei-me pelo ‘boa tarde’]
- Boa tarde, menina dos óculos berrantes [esta última parte também inventei]
- São 7 bilhetes, por favor. 4 crianças e 3 adultos.
- Ah… E os adultos… são muito adultos?
- Errr… Como assim, muito adultos? Por acaso, eu sou um bocadinho infantil. Conta?
* Pausa incómoda. Eu rio-me. A minha irmã ri-se. A senhora da bilheteira tarda em reagir *
- Então eu faço-lhe preço de estudante.
Na véspera de Ano Novo, já de regresso a Lisboa com o meu doce Twingo renascido das cinzas, deparo-me com o seguinte aviso, num painel eléctrico, em plena A2 Sul: “Perigo: Animal a 1 Km”. E eu penso: “caraças, é desta que o Twingo morre mesmo no dorso de uma vaquinha”. Imaginei uma manada de bois atravessando a auto-estrada. Ou mamutes sobreviventes da Idade do Gelo preparando o dia do Juízo Final. O ritmo do coração acelera, o Twingo abranda, eu aconchego os óculos à cana do nariz e eis que surge, na berma da auto-estrada, um pequenito rafeiro, abanando a cauda de felicidade por pregar sustos de morte a totós como eu.
Continuamos na noite da passagem de ano. Fim de tarde, vá. Pouso a tralha em Benfica e apanho um táxi para a casa de Susy Paula, de modo a poder enfrascar-me sem remorsos na última refeição do ano.Ao fim de 10 minutos agarrada ao telemóvel, alertando para o meu atraso (como se fosse preciso avisar, não é, amigos?), enceto a seguinte conversa de circunstância: “Então estamos quase a chegar a 2008, hein?”. E o taxista, satisfeito, explica-me todos os pormenores sobre o dia em que Deus vai descer à terra. Aí sim, começará um novo ano. Uma nova era. “Porque está quase a chegar o novo presidente do Planeta Terra”. E eu contenho o riso e pergunto: “Mas… presidente, como?”. Ao que o taxista responde: “Então, quem é que você acha que vai mandar nisto quando for o Apocalipse?”. Vem-me à cabeça uma imagem do Robert Duvall em Saigão. Pois bem, qual é o resultado de tudo isto? Passo a noite a cantar “Amar como Jesus Amou”, com uma corneta nos beiços.
- Ah… E os adultos… são muito adultos?
- Errr… Como assim, muito adultos? Por acaso, eu sou um bocadinho infantil. Conta?
* Pausa incómoda. Eu rio-me. A minha irmã ri-se. A senhora da bilheteira tarda em reagir *
- Então eu faço-lhe preço de estudante.
Na véspera de Ano Novo, já de regresso a Lisboa com o meu doce Twingo renascido das cinzas, deparo-me com o seguinte aviso, num painel eléctrico, em plena A2 Sul: “Perigo: Animal a 1 Km”. E eu penso: “caraças, é desta que o Twingo morre mesmo no dorso de uma vaquinha”. Imaginei uma manada de bois atravessando a auto-estrada. Ou mamutes sobreviventes da Idade do Gelo preparando o dia do Juízo Final. O ritmo do coração acelera, o Twingo abranda, eu aconchego os óculos à cana do nariz e eis que surge, na berma da auto-estrada, um pequenito rafeiro, abanando a cauda de felicidade por pregar sustos de morte a totós como eu.
Continuamos na noite da passagem de ano. Fim de tarde, vá. Pouso a tralha em Benfica e apanho um táxi para a casa de Susy Paula, de modo a poder enfrascar-me sem remorsos na última refeição do ano.Ao fim de 10 minutos agarrada ao telemóvel, alertando para o meu atraso (como se fosse preciso avisar, não é, amigos?), enceto a seguinte conversa de circunstância: “Então estamos quase a chegar a 2008, hein?”. E o taxista, satisfeito, explica-me todos os pormenores sobre o dia em que Deus vai descer à terra. Aí sim, começará um novo ano. Uma nova era. “Porque está quase a chegar o novo presidente do Planeta Terra”. E eu contenho o riso e pergunto: “Mas… presidente, como?”. Ao que o taxista responde: “Então, quem é que você acha que vai mandar nisto quando for o Apocalipse?”. Vem-me à cabeça uma imagem do Robert Duvall em Saigão. Pois bem, qual é o resultado de tudo isto? Passo a noite a cantar “Amar como Jesus Amou”, com uma corneta nos beiços.
0 Ópinanços. Com ó.:
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