O cabeçalho deste blog é inspirado no petiz Rafael, um promissor aprendiz das patranhas diplomáticas na faixa etária dos 0 aos 4 anos (o que não é de admirar quando o seu núcleo familiar é constituído por quatro mulheres beijoqueiras de quem a criança se tenta esquivar diariamente).
As técnicas de doce desdém pelos adultos começaram há coisa de um ano e têm sido aprimoradas desde então. Começaram, creio, quando a criança se apercebeu que a tia chata (ele só tem uma tia, não dá para negar) fazia grande alarido sempre que o via. Um dia, a tia chegou a sua casa e, cobrindo o menino de carinho - ou seja, bombardeando-o com perguntas sobre o seu estado de espírito - deparou-se com uma hábil manobra de diversão do seu congénere, que aponta para a televisão e diz “olha balões!”.
Um ano depois, quando a tia lhe conta uma história de embalar sobre uma formiga que andava à boleia de uma abelha, a ensonada criança desarma-a com: “Acho que é melhor eu dormir já… Senão vêm os maus”. Mauuu, que o miúdo ainda vai para vereador do jardim-escola.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 3 semanas
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