Ou como se sentir a pessoa mais sortuda e mais miserável do mundo em uma só hora.
Afigurava-se um final de tarde memorável e acabou por sê-lo, em todos os sentidos. Comecei por absorver avidamente as palavras de Pedro Almodôvar na conferência de imprensa do European Film Festival. Além de ser um dos génios da sensibilidade humana (e, dentro da crueza dos seus temas, um mestre da delicadeza cinematográfica), o senhor Almodôvar ainda consegue ser humilde e afável. Ao ponto de ter revelado com um sorriso, perante a insistência de uma colega jornalista, que é o actor Lluis Homar quem vai partilhar o protagonismo com Penélope Cruz no seu próximo filme, que começa a ser rodado em Janeiro (o assunto era "proibido" de se abordar na conferência). Isso e muito mais, porque Almodôvar gosta de conversar, sempre de olhar sereno.
E pronto, deixo o Estoril (ainda) a sentir-me sortuda e escolho a Marginal como caminho de regresso, só para cheirar a maresia. Acontece que hoje foi o Dia do Apocalipse. O fim do mundo em tubos de escape. De maneiras que fiquei 1 hora e meia no trânsito até chegar à minha segunda casa. Porque a primeira casa ainda fica a uma boa hora de fila e esta secretária de trabalho já me pareceu menos confortável para bater uma soneca.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 3 semanas
1 Ópinanços. Com ó.:
Tungas..ah e tal a basófia, estive com o Almodovar..tungas!!!
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