Começo por esclarecer que as touradas fazem-me querer espetar paus nos cavaleiros e esbofeteá-los com almofadas vermelhas. Porém, há que respeitar quem consegue ver a tauromaquia como uma “Arte & Emoção”, como é o caso do senhor que apresenta o programa homónimo da RTP2.
Num dia normal, mudaria imediatamente de canal, mas a solidão urbana de Domingo fez-me sentir próxima do touro na arena. Ou então a seguir davam os Simpsons e dei uma hipótese ao “melhor da festa brava em Portugal”- o subtítulo do programa.
Ora, o que nos conquista neste “Arte & Emoção”? Precisamente o relato da tourada, tão eloquente ao ponto de me fazer anotar o palavreado cuidado do apresentador que, excitadíssimo, confere estados de alma dignos de um poema aos touros e respectivos toureiros:
- “O cavaleiro não enjeitou a oportunidade, mas na pega mostrou-se mais reservado”
- “Apático e indiferente esteve o touro do Conde de Múrcia”
- “A pega resultou sem chama”
- “A lide terminou ao som de violinos”.
Neste dia, percebi o que Alexandre O’Neill queria dizer com “Há palavras que nos beijam como se tivessem boca”, porque me apeteceu cobrir o touro de beijos.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 3 semanas
3 Ópinanços. Com ó.:
a vida é bela. o santos bazou. dedique-se à tourada.
Se tornas a falar do Benfica, meto a cabeça do Camacho a prémio! :)
Oh Lé..Oh Lé..Oh Lemos!!!
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