“Sonhei com o Big Bang”.
Parece o título sensacionalista de uma revista esotérica, mas podia bem ser o meu epitáfio, e não apenas a descrição de um dos sonhos parvos que me atormenta no leito – nessa categoria, aliás, destaco o sonho do fim do mundo no Seixal (porque o Seixal é um mundo encantado da periferia, comparável ao Shire do Tolkien), onde só sobrevivia ao fim do mundo quem se enrolasse em folhas gigantes de papel de alumínio.
Diz a imensa pedra filosofal que o sonho é uma constante da vida. Mas o problema é quando alimentamos demasiados sonhos ao mesmo tempo, por querermos fazer tudo o que nos apaixona, e depois percebermos que somos incapazes de nos concentrar numa única coisa de forma exímia. Foi assim com a fotografia (prometi a mim mesma dar seguimento ao curso de Verão), com a guitarra (fazia dói-dói nos dedos), com o piano (não há tempo para praticar) e com a dança (ok, aqui a professora ficou incapacitada de dar aulas, por isso eu só fui solidária no adeus).
Ontem, comecei um novo cursito, desta vez de Encenação e Dramaturgia, mas tenho a desculpa de que o teatro já é uma paixão reincidente. Pronto, talvez viva depressa demais, mas vou tentar estar atenta à viagem para que a vida não me passe ao lado.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 2 semanas
1 Ópinanços. Com ó.:
Eu sou um bocado assim, mas é com as coisas que não faço, estou sempre a pensar que tenho de deixar de fazer isto ou aquilo, e depois tento fazer tudo e não faço nada...!!!!
a vida é tramada!!!
beijos
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