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R.I.P. Twingo - Paz ao teu Motor

E o seu último fôlego foi dado mesmo à chegada a casa dos meus pais, no término de uma viagem de 3 horinhas. Até nisto o meu Twingo era fiel: "Eu posso morrer, mas não ponho em causa a integridade física da minha dona", disse o Twingo corajosamente para o seu motor.
Gosto de interpretar isto como o meu próprio milagre natalício, optando por esquecer, por ora, aquilo que terei que desembolsar para o arranjo e/ou a aquisição de um novo maximbombo.

The Killers - The Great Big Sled



I wanna roll around like a kid in the snow
I wanna relearn what I already know
Just let me take flight dressed in red
through the night on a great big sled
I wanna wish you merry christmas
Ho HO HO

Sim, as canções de Natal são pirosas, tal como as cartas de amor podem (e devem) ser ridículas... porque Natal que é Natal também se quer bem lamechas e pirosinho.

A todos, uma boa embriaguez de amor :)

Frontalidade pode ser confundida com insensibilidade, disse a amiga…

… e eu lembrei-me desta cena do “Trust”, do Hal Hartley.

Maria: He's dangerous but sincere.
Nurse: Sincerely dangerous.
Maria: No, he's dangerous because he's sincere.


Sugestão: viver no limite, mas com jeitinho.

Merry Xmas, Orange is Over

É desolador apanhar um autocarro às 9 da noite – as mãos que nem glaciares, pálidas como um boneco de neve – e ser abordada na paragem por um pedinte franzino.
- “Uma moedinha? É para comer, a sério”.
Tiro uma laranja do saco e digo-lhe para comer aquela que é bem docinha. E depois penso: “Bolas, se o gajo já não tiver limões, vai recorrer àquela laranja. Espera, volta aqui que também tenho bolachas integrais!”.

Há Canções que Seduzem - Parte III

Para não variar nos filmes do Quentin Tarantino, há que prestar a devida vénia às suas bandas-sonoras.
Em "Deathproof", não bastava ter realizado o desastre automóvel com maior cobertura de ângulos, como o sacaninha (termo carinhoso) do Tarantino ainda escolhe este ‘Hold Tight’, do Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick & Tich, para dar classe a uma perna decepada, projectada para fora do carro.
Pronto, já nem falo na lap dance ao som do ‘Down in Mexico’, que escorre sexo em cada acorde. Vou só partilhar mais este - dentro da dinâmica “bora lá brincar ao capuchinho vermelho” - ‘Baby It’s You’ dos Smith (1969).



E também há canções que seduzem Parte I e Parte II. Mas se é meninos que querem fazer, nada como ouvir o minuto da natalidade, todas as manhãs, com os 3 da vida airada: o meistre, a margem-sulense-power e o mano.

Merceeiro de Bairro

O meu merceeiro de bairro podia ser o típico gorducho-simpático que faz trocadilhos com o total da conta e que pergunta “queria, já não quer?”. Mas não é. O meu merceeiro de bairro é um gorduchinho-luminoso-simpático que, ao ver-me abastecer o stock de vitamina C para curar a constipação, diz-me que eu devia fazer reiki. Porque ele tem o 2º nível de reiki e acha que o segredo está nas energias. E eu acredito! Mas agora tenho vergonha de ir lá comprar os legumes para a sopa.

Nota: Merceeiro de bairro faz-me lembrar esta frase do Orson Welles.

Espírito Natalício

Sinto-me imbuída de amor. E como nunca é demais dizer o quanto amamos os nossos amigos, aqui fica a prendinha que quero que recebam / ofereçam este ano:



É o sketch do Natal passado no Saturday Night Live, com o convidado especial Justin Timberlake. Aguentem, pelo menos, até ao refrão.

Li e aplaudo

“Ocupado”, “cansado” ou “sem tempo” são desculpas equiparáveis à existência das armas de destruição maciça. Uma desculpa é uma rejeição educada.

O meu pacote de açúcar

“Um dia, vou cobrir o meu corpo com pozinhos de ouro e deixá-lo viajar no teu sopro”. É hoje o dia.

Poço dos Sonhos

“Sonhei com o Big Bang”.
Parece o título sensacionalista de uma revista esotérica, mas podia bem ser o meu epitáfio, e não apenas a descrição de um dos sonhos parvos que me atormenta no leito – nessa categoria, aliás, destaco o sonho do fim do mundo no Seixal (porque o Seixal é um mundo encantado da periferia, comparável ao Shire do Tolkien), onde só sobrevivia ao fim do mundo quem se enrolasse em folhas gigantes de papel de alumínio.
Diz a imensa pedra filosofal que o sonho é uma constante da vida. Mas o problema é quando alimentamos demasiados sonhos ao mesmo tempo, por querermos fazer tudo o que nos apaixona, e depois percebermos que somos incapazes de nos concentrar numa única coisa de forma exímia. Foi assim com a fotografia (prometi a mim mesma dar seguimento ao curso de Verão), com a guitarra (fazia dói-dói nos dedos), com o piano (não há tempo para praticar) e com a dança (ok, aqui a professora ficou incapacitada de dar aulas, por isso eu só fui solidária no adeus).
Ontem, comecei um novo cursito, desta vez de Encenação e Dramaturgia, mas tenho a desculpa de que o teatro já é uma paixão reincidente. Pronto, talvez viva depressa demais, mas vou tentar estar atenta à viagem para que a vida não me passe ao lado.

Saturday Night

O fim-de-semana recompõe os ânimos. E eu passei boa parte dele a inventariar os livros de uma amiga, enquanto a TV debitava a gala da Operação Triunfo.
Sim. Nada como aproveitar a louca noite de Sábado para criar uma folhinha de Excel com quatro colunas: “Título”, “Autor”, “Género” e “Observações” (porque a Doris Lessing ganhou este ano o Nobel e merece que isso permaneça registado no prestigiado catálogo bibliotecário da Pat, assim como todos os escritores premiados com o Man Booker Prize ou o Prémio Estónio do Livro Amestrado).
Melhor que isto, só se tivéssemos anotado os 186 livros (ainda vamos a meio da estante) ao som da Whigfield. Tiri-rara-ra!

*Eu não devia escrever isto... mas não é que nos divertimos mesmo?...*