Vai, não vai; ama, não ama; partilha, não partilha; o rato, o gato e a ratoeira. É o mais poético que consigo quando o coração anda aos nós. Por enquanto, sei o que não quero: nem meias-verdades, nem meios-amores, nem promessas fajutas. Fui às nuvens e, agora que desci à terra, reencarnei na forma de um vulcão temperamental que reage quando lhe perscrutam a cratera. Se isto fosse nos tempos da censura, poderia muito bem estar a falar de sexo, mas aqui o prazer é mesmo o do amor ao natural, tipo iogurte com bifidus activo que faz bem ao organismo.
Foi tudo ontem.
Há 5 anos
1 Ópinanços. Com ó.:
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
(...)
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda
in Inquietação (José Mário Branco)
Enviar um comentário