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A transformação

Algo me dizia que a minha sorte estava a mudar - começando pelo facto de ter reservado um carro de gama baixa para ir até ao Porto, e chegar-me às mãos um Mégane novinho em folha. Oh diacho, disse o meu grilo falante, acostumado ao desconforto de meu Twingo, enquanto a minha pessoa se digladiava com aquilo que pode ser considerado um verdadeiro veículo de seis velocidades e cartão a servir de ignição (que isso das chaves é uma chatice, nomeadamente nos detectores de metais dos aeroportos).

O encontro imediato com o camião dos "Transportes Presunção" na A1 Norte confirmou que vivíamos tempos de mudança, por isso decidi mergulhar no desconhecido: ouvi a Rádio Festival [destaco a recuperação de ‘Chamava-se Nini’], estive vai-não-vai para espreitar a Danceteria “O Outro Lado” e comi uma francesinha ao pequeno-almoço.

Chegada ao Porto, sou instalada no quarto 1313, no piso – adivinhe-se! – 13. A vida sorria, o sol brilhava e os óculos de sol continuavam na óptica (primeiro foi a armação que partiu, depois o novo óculo extraviou-se nos correios, depois foi a lente que se partiu ao colocar nas novas armações e, finalmente, os óculos “novos” tinham uma lente verde e outra castanha). Mas os grandes amigos estavam lá e a música animava todo o meu ser. Tanto que, mesmo com 2 horas de sono, pedalei até à lua como o E.T. no Bike Tour Porto.

É isso, Ana. Tudo se está a resolver. Agora dorme o sono dos justos, que a tua alma está em paz, sussurrava a vozinha do canal myzen Tv.

E eis que, naquela linda manhã, a transformação ocorre. A lagarta virou borboleta. A Fénix renasceu. FÓNIX. Mas o que é isto no meu lábio? Ah, que bicho tão fofinho que me deve ter mordido. É preciso injecção, doutora? Ora bolas. E comprimidos e isso? Pronto, pelo menos só serei Mulher-Elefante durante dois dias. E, como diz o Vasco, se me derem moeda, até toco o sino.

0 Ópinanços. Com ó.: