Não é novidade: os adultos são peritos em dar desculpas. Ou porque «estava a chover e apanhei trânsito», ou porque «tenho que acabar aqui umas alterações de última hora», ou porque «tenho uma micose que se expande por todo o organismo» (o que, nas míticas palavras de JC, se traduz por «tenho dores ao nível do corpo todo»).
Aos 4 anos – depois de tanto ouvir que é melhor comer tudo, senão vem o lobo, safado, esfrangalhar a sua merenda – Rafael também já se instruiu na arte das desculpas. Aqui há uns tempos, quando lhe contava uma história de embalar, o petiz interrompeu delicadamente a engrenagem do meu lado esquerdo do cérebro, sussurrando-me ao ouvido: «Acho que é melhor dormirmos senão vêm os monstros». Já este Domingo, deu por terminada a sua conversa telefónica com o David servindo-se da ardilosa frase: «Agora acho que estou a ficar surdo, não quero falar mais».
Aos 4 anos – depois de tanto ouvir que é melhor comer tudo, senão vem o lobo, safado, esfrangalhar a sua merenda – Rafael também já se instruiu na arte das desculpas. Aqui há uns tempos, quando lhe contava uma história de embalar, o petiz interrompeu delicadamente a engrenagem do meu lado esquerdo do cérebro, sussurrando-me ao ouvido: «Acho que é melhor dormirmos senão vêm os monstros». Já este Domingo, deu por terminada a sua conversa telefónica com o David servindo-se da ardilosa frase: «Agora acho que estou a ficar surdo, não quero falar mais».
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