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Ghost – O Espírito do Gravador

Tenho um gravador de voz possuído por um espírito galhofeiro, doutorado em Sustos Comparativos e Ataques Cardíacos pela FNP – Faculdade das Almas Penadas.
Demasiadas vezes, este fiel gravador – travado no modo “hold” e guardado no móvel da aparelhagem do meu quarto – desata a apitar como um carro ambulatório, sem motivo aparente. A única forma de parar esta perturbadora sirene é carregando no botão “play” que, por sua vez, faz soar não a última faixa memorizada, mas sim uma gravação brincalhona com amigos, que começa com a frase: “É melhor deixar a gravar, nunca se sabe”.
Demasiadas vezes, ignorei a mensagem que o meu gravador espírita-intelectual queria passar, até que, ontem, ganhei coragem e ouvi todas as faixas guardadas nesta caixinha de som. A maioria datava de uma passagem de ano remota, revelando as resoluções para o ano de 2007, formuladas durante um embriagante jantar à luz de Paris. Dos sete amigos, nenhum destoou nos pedidos: amor, saúde, trabalho, com algumas variações mais específicas relativas aos alvos de afeição. E é interessante fazer-se esta retrospectiva forçada daquilo que tanto queríamos e que tão naturalmente deixámos de desejar, daquilo que nos parecia inalcançável e que se afigurou espontâneo, e daquilo que crescemos.
O que me leva a perguntar: ainda se lembram dos vossos desejos de Ano Novo?

5 Ópinanços. Com ó.:

Unknown disse...

Lembro, mas ainda não se realizou. E continou a desejar que se realizasse! ;)

Suz disse...

Lembrar até lembro. Mas já não tenho a certeza se ainda quero o que pedi :)

Beijinho!

lia disse...

Lembro-me é de ficar toda estremunhada quando esse teu gravador do demo desatou a apitar lá em casa, certa noite! O susto que não apanhei!

«É melhor deixar a gravar...» - brrr, podia ser mote para um belo filme de terror!

:-D

lia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

This is a nice blog. I like it!