Imaginei-o bonacheirão e barbudo, com suspensórios de velcro e escadotes desmontáveis debaixo do braço. Mas eis que chega, escanzelado até no pedacinho de crânio destapado pelo boné da Super Bock. Traz consigo um espanador gigante de arame e não demora mais do que meia hora a destruir o meu imaginário infantil sobre uma das profissões mais antigas do mundo.
Afinal... qual é o limpa-chaminés que tem um toque de telemóvel do Noddy?
No fim do dia, a poeira assentou, mas a chaminé está mais conspurcada que nunca.
Pouca cabeça para escrever + trabalho a potes = usar canções para postar
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Anne Martens
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Episódio 2345: Ah e tal, «não gostas de Muse». Mas hoje puseram-me isto cá dentro:
I'm sick of feeling my soul
To people who'll never know
Just how purposeless and empty they've - sorry, I've - grown
Because the language confuses
like computers refuse to understand how I'm feeling today.
I'm sick of feeling my soul
To people who'll never know
Just how purposeless and empty they've - sorry, I've - grown
Because the language confuses
like computers refuse to understand how I'm feeling today.
Porque fico sempre embevecida com os casais de velhotes a dançar nas festas das terriolas
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Anne Martens
on sexta-feira, setembro 21, 2007
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Richard Hawley - Baby, You're My Light
P.S. Este senhor que aparece a cantar não é o Richard Hawley, este é que é.
P.S. Este senhor que aparece a cantar não é o Richard Hawley, este é que é.
Made Up Love Song #44
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on segunda-feira, setembro 17, 2007
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Adoro quando andas descalça na rua; quando brincamos ao jogo do ‘vamos ver quem é mais louca’; quando testas os limites da minha parca paciência mesmo nos dias em que estou insuportável (sobretudo para mim própria); quando iluminas qualquer achaque de mente perturbada com um abraço quentinho, instruindo esta tua irmã sobre a importância da humildade.
E tu, pinchavelho. Adoro quando me acordas a tocar piano, às 8 da manhã, apesar de eu mal ter aquecido os lençóis. Ou quando contas a história do "era uma vez um dragão que se chamava... (pausa)...dragão".
I love you through sparks and shining dragons. I do.
Guillemots - Made Up Love Song #43
E tu, pinchavelho. Adoro quando me acordas a tocar piano, às 8 da manhã, apesar de eu mal ter aquecido os lençóis. Ou quando contas a história do "era uma vez um dragão que se chamava... (pausa)...dragão".
I love you through sparks and shining dragons. I do.
Guillemots - Made Up Love Song #43
Espirrar até à metafísica
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on quarta-feira, setembro 12, 2007
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Obrigada, amigo Rui, por esta forma tão posh de dizer que estou ranhosa:
Tenho uma grande constipação,
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor!
0 que fui outrora foi um desejo; partiu se.
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando,
Não estarei bem se não me deitar na cama
Nunca estive bem senão deitando me no universo.
Excusez un peu... Que grande constipação física!
Preciso de verdade e de aspirina.
Álvaro de Campos
Tenho uma grande constipação,
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor!
0 que fui outrora foi um desejo; partiu se.
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando,
Não estarei bem se não me deitar na cama
Nunca estive bem senão deitando me no universo.
Excusez un peu... Que grande constipação física!
Preciso de verdade e de aspirina.
Álvaro de Campos
You, Kant, Always Get What You Want
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on terça-feira, setembro 11, 2007
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"Brilliant lecture on the aggressive influence of German philosophy on rock and roll":
Viva o John Cameron Mitchell, o brilhante realizador e protagonista deste "Hedwig - A Origem do Amor". Um bocadinho menos escandaloso que o "Shortbus", mas igualmente interessante. Estes diálogos são poesia.
Viva o John Cameron Mitchell, o brilhante realizador e protagonista deste "Hedwig - A Origem do Amor". Um bocadinho menos escandaloso que o "Shortbus", mas igualmente interessante. Estes diálogos são poesia.
Olá, eu sou a Ana e sou Chocoholic
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Anne Martens
on quinta-feira, setembro 06, 2007
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For Life’s Boo Boos.
(Ao pesquisar imagens para ilustrar este post, descobri que ChocAid é também uma loja online de chocolate que ajuda no combate à fome na Etiópia, Nigéria e Bangladesh. O método persuasivo da minha mãe para uma boa alimentação – “há crianças a morrer à fome na Etiópia” – ganhou, finalmente, um sentido prático).
Sou um Sacrifício Humano…
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on quarta-feira, setembro 05, 2007
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…para o mosquito Josué, cuja estatura equivale à de uma criança de 4 anos, e que há três noites converteu o meu quarto na sua Insectolândia. Imagino-o em loops na montanha-russa Bracinho Quer uma Trinca, ou em arranques de Fórmula 1 no meu ouvido, mas montado numa Famel Zundapp.
Dei-lhe nome para ser mais fácil de insultar.
O Surrealismo
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Anne Martens
on segunda-feira, setembro 03, 2007
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Passar a ponte de vidros abertos, com o boneco das bolachas Príncipe Estrela do tamanho de um menino de 8 anos a espreitar no banco de trás - os condutores do lado rindo-se de (e para) nós - podia ser o começo de uma sexta-feira como tantas outras. Seguiram-se balões, farturas, CD’s de música pimba, carrosséis, mantas polares bordadas com gigantescas imagens de cães, relógios de parede com retratos da Última Ceia, a banca das TeleRações (“levamos comida de cão a sua casa”) ao lado das sandes de leitão e ainda muito bailarico entre os fregueses do lar de Santa Marta de Corroios.
Um dia depois, a pandilha do costume decide travar amizade com um pato, em plena serra de Sintra, cenário onde também se teceram analogias puramente textuais entre fazer sexo e comer uma carcaça, à beira de uma lagoa resmengosa. Nessa mesma noite, prescindimos de um concerto de ska para formar, no bar do Coliseu, a devida claque a Portugal na dianteira da classificação no DançoVisão ou EuroDanção ou lá o que foi aquilo.
A terminar o fim-de-semana, e para atenuar os efeitos do concentrado de parvoíce, nada como um bocadinho de cultura-pelintra-porque-não-se-paga-entrada-nos-museus-aos-domingos-de-manhã, prestando a devida vénia ao Sr. Bosch, um surrealista muito à frente do seu tempo. Lá está, a analepse que, sem querer, serviu de mote a todo este surrealismo.
Um dia depois, a pandilha do costume decide travar amizade com um pato, em plena serra de Sintra, cenário onde também se teceram analogias puramente textuais entre fazer sexo e comer uma carcaça, à beira de uma lagoa resmengosa. Nessa mesma noite, prescindimos de um concerto de ska para formar, no bar do Coliseu, a devida claque a Portugal na dianteira da classificação no DançoVisão ou EuroDanção ou lá o que foi aquilo.
A terminar o fim-de-semana, e para atenuar os efeitos do concentrado de parvoíce, nada como um bocadinho de cultura-pelintra-porque-não-se-paga-entrada-nos-museus-aos-domingos-de-manhã, prestando a devida vénia ao Sr. Bosch, um surrealista muito à frente do seu tempo. Lá está, a analepse que, sem querer, serviu de mote a todo este surrealismo.
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