Esta manhã, uma sexagenária de cabelo vermelho pediu ao condutor para lhe indicar o número de telefone para os “passes perdidos”, pelo que o condutor se ergue para ajudá-la, interrompendo a marcha do bus por coisa de 30 segundos. Foi o suficiente para uma dupla de meia-idade se insurgir, no banco atrás de mim, nos seguintes modos: «Uma pessoa a ter que ir trabalhar e só vêm empatar» / «É como aquelas pessoas que deixam os aquecedores ligados o tempo todo e depois dizem que o dinheiro não chega» / «E os professores que vão para a rua fazer manifestações com os cartazes, que exemplo é que dão aos alunos?». E é por isso que um dia mordo alguém no autocarro.