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A minha pastilha é melhor que a tua

Longe vão os tempos da pastilha Gorila gorda e sensaborona ou da modernaça Bubblelicious que exibíamos no recreio da escola. Hoje, tornámo-nos (uma espécie de) adultos que vibram quando vêem novas marcas de pastilha elástica nas bancas: “Hum, chiclete de gengibre com frutos do bosque japonês delicadamente recheados com licor de marmelo? E só custam 2 euros. Que regalo”. Depois, oferecemo-las aos nossos amigos, orgulhosos por estarmos muito actualizados no campo da pastilha elástica, compensando lacunas como desconhecermos o nome do opositor de Robert Mugabe nas eleições do Zimbabwe.
Estamos no século XXI e a pastilha elástica é o nosso novo objecto de ostentação. (Mas eu quero voltar a competir com kispos da Duffy e ténis All Star).

Twingo Killed the Radio Star

Ando a protelar a compra de um popó novo há meses (anos, talvez), sempre com a desculpa de que não encontro nenhum carro pelo qual me apaixone. Eu sei: it’s only a car, não é propriamente um teste de personalidade, como os anúncios nos fazem crer. Mas, agora mais que nunca, a decisão urge, porque o meu mundo deixou de fazer sentido: o rádio do carro avariou. (A solução perfeita seria alguém querer trocar o meu Twingo por uma pão-de-forma com iPod e torradeira incorporados).

Estoy Embarazada - Versão Portuguesa

Numa das maravilhosas roadtrips da hora de almoço, falava-se de momentos embaraçosos das nossas vidas e veio à baila o recente episódio do copo (parti-o em mil pedacinhos num restaurante nepalês, desculpando-me com o argumento “a cerveja tinha pouco gás”). Ainda assim, lamentei não me conseguir recordar, naquele momento, de outras histórias indecorosas deste género. Porque são muitas.
Como há alguém neste mundo que não quer que me falte nada, só tive que esperar pelo final de tarde para ser brindada com mais um instante de vergonha. [Som de tempestade] Era um dia tenebroso de Inverno – perdão, de Primavera – e a menina corria para a paragem de autocarro, chapinhando pela estrada fora, na peugada do maximbombo que estava prestes a arrancar. Ora, como chovia a cântaros, o saco de papel que transportava os seus haveres rompeu-se, deixando o seu querido livro estendido numa magnífica poça de água. Nada de grave – pelo menos estava quentinha no autocarro. Mas eis que, do mesmo saco remendado, resvala uma tupperware vazia, que se aloja no emaranhado de pernas dos utentes da Carris. Quando a menina se agacha para apanhar a caixa, o condutor faz uma travagem estratégica que a empurra, de cabeça, na direcção da zona pélvica de um senhor, não fosse a sua esposa estar atenta e agarrar a rapariga nervosamente, cedendo-lhe um lugar sentado, num gesto mais ameaçador do que solidário.
Ah, assim contado na 3ª pessoa não soa tão mau! Agora é a vossa vez! Oh, vá lá.

Bate o pé, parte o copo. Vai, vai.

Se ainda precisava de mais motivos para não existir futebol no meu planeta…

…eis que durmo ao lado do homem mais bonito do meu planeta e ele acorda a meio da noite a gritar pelo Benfica. Pesadelos, é que o futebol inflige em crianças de 3 anos.
Não bastando a noite mal dormida, ainda fui despertada às 7 da manhã para ver desenhos-animados do patinho feio. Será que fui o Luisão numa vida passada e agora estou a pagar karma? [Porque «o Luisão também é um ser humano»].

* Aviso * Post lamechas

Custa sair de casa àquela hora, mas quando ouvimos a musiquinha que acabámos de escolher em cima do joelho, as noites tornam-se – arrisco dizê-lo – imortais para estas duas melhores amigas. Daqui a uns anos valentes, vamos ouvir os Queijos e recordar-nos das tolices que dizíamos, dos enganos e, sobretudo, das gargalhadas. Este é pra ti, Gammita! E, olha, olha, obrigada pela entrevista aos National! :)

= Não sei já vos avisei das doses de sentimentalismo extremo que às vezes me assolam. Hey, preferem que chafurde num pântano de auto-comiseração ou que desate aos abracinhos melados? Eu sabia - obrigada, amigos! Vou esfregar-me na lama, sendo assim. =

How I Miss Travelling - II

Sabores de infância – II

As azedas, vindas de solos pouco asseadinhos, eram o aperitivo para o jantar quando passávamos tardes a simular os Jogos Sem Fronteiras ou a brincar às loicinhas no parque em frente a casa. Curiosamente, nessa altura, cozinhar era muito mais fácil do que hoje em dia. Se calhar é porque, na vida real, os bolinhos de terra não vão ao forno.

How I Miss Travelling - I

Querem ver como há mesmo ver um lado bom em tudo?

Sim, a vida corre bem. Fiz uma transferência no Multibanco e deixei o cartão dentro da máquina, só para ele não apanhar frio, porque a gente bem sabe o que este tempo incerto faz aos pobrezinhos cartões de plástico. É por isso que o meu outro cartão, o suplente de um banco rival, também não se quis incomodar – estava tão quentinho na minha carteira que desmagnetizou. Ah, mas a Caixa tem as meninas cadernetas, as lampeiras – tão atrevidas que até fizeram a dona esquecer-se do código… e não é que é preciso os gerentes estarem presentes na respectiva instituição bancária para me darem um código novo? Quem diria, ele há coisas. Os gerentes que fiquem sossegadinhos em suas casas, que ganham bem para isso mesmo. Bom, felizmente ainda tenho este pezinho de meia para sobreviver até chegar o cartão novo. Ah, não tenho? Então, não te importas… eu devolvo…não sei bem quando. Não, não é preciso muito. Bem, então vou sair do trabalho e ver com o que é que universo decidiu abençoar-nos hoje! Ah, um temporal maravilhoso que vai dar cabo de toda a polinização. Que bom, e até já estou encharcada até aos pés, com um guarda-chuva partido e sem dinheiro para apanhar um táxi. AHA, mas pelo menos não vou ter alergias!

I wonder.

Deixei de roer as unhas. Em compensação, ontem à noite dei cabo de uma lata de leite condensado cozido enquanto escrevia. Começo a pensar se não será melhor ter as mãos cheias de micoses.

Sabores de Infância - I

Gostas de amoras?
Vou dizer ao teu pai que já namoras!
Lembras-te de quando apanhávamos amoras nas traseiras da Quinta da Vinha da Casa, naquele mato que tu pegaste fogo por apagares mal um dos teus primeiros cigarros?
Em 2008, as amoras apanham-se no sítio do costume, numa caixinha de plástico que eu e a Lia Pereira desbravámos ontem à noite, durante o Queijo. E sem incêndios. :) Nham!