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Eclectismo (ou esquizofrenia) é…

Despender uma horita do meu descanso a apresentar música alternativa num estúdio bafiento, meter-me no Super Twingo, ligar o auto-rádio na Romântica FM, abrir os vidros do carro e cantar, emocionada, 'Donnaaaaa, desses traiçoeirossss' dos Roupa Nova.

Quem alinha numa pillow fight?

É a letra mais curta de sempre, mas faz bem aojouvidos.

I could sleep
when I lived alone
Is there a ghost in my house?


Band of Horses - Is There a Ghost


Is there a ghost? No, it's mosquito Josué back in town! :)

Duas citações que andam nos Rascunhos do telemóvel há meses

1. «Ela é demasiado perfeita, demasiado talentosa, demasiado bela, demasiado sofisticada. Ela é demasiado tudo, menos aquilo que eu quero».
'A Janela Indiscreta’ de Hitchcock. Que é como quem diz… ou se está talhado práquilo, que nem o coração da melancia, ou qualquer esforço para exibir qualidades é sempre inglório – e quase sempre ridículo. Sobretudo quando não as temos, hihih.

2. «Um maverick pode seguir o seu caminho, mas não diz que esse é o único caminho nem o melhor caminho - excepto talvez para ele».
Orson Welles, o nosso ‘merceeiro de bairro’ durante uma amena conferência estudantil, a relembrar-me a ignobilidade da intransigência. Está num dos extras do ‘Citizen Kane’.

Awkward...

Três momentos embaraçosos das nossas vidas:

- Um grupo de vinte pessoas canta os “parabéns” na festa de aniversário do senhor (fictício) João Azevedo. Quando chegam ao verso ‘para o menino tal’, ouve-se uma mistura atabalhoada de nomenclaturas, que vão do ‘para o senhor João’, ‘para o Azevedo’, ‘para o meu papá-á’ ou ainda, no caso das pessoas menos chegadas ao aniversariante, ‘para aquele senhor que foi meu companheiro de camarata no Ultramar’. E que tal passarmos a combinar a quem é que vamos desejar os parabéns, antes mesmo de começarmos a cantoria?

- Ocupamos a última cadeirinha disponível na sala de espera do centro de saúde. À medida que vão chegando utentes, o nosso cérebro faz a selecção automática de cedência de lugar através de um julgamento especulativo de idades. Eis que entra uma senhora de 50 anos (com aparência de 80) e nós hesitamos – levantamo-nos ou não? Gotas de suor escorrem pela testa. A senhora repara no nosso ‘vai, não vai’ e vira a cara, ofendida. Desculpe, tem razão, eu só queria ficar de pé nas próximas 2 horas.

- Passamos horas a conversar com um desconhecido. Reencontramo-lo por mero acaso e a so called chemistry lá aparece. ‘Podias ser a mulher da minha vida’, diz ele, seguido do previsível ‘tens que conhecer a minha namorada’ (porque Deus tem sentido de humor). E é aqui que vem o sorriso cúmplice de embaraço. Nós anuímos de volta, com quem diz: "Ainda bem que tens maturidade emocional para saber que o amor não é (só) deslumbramento nem fascinação, como cantava a Elis. É respeito, admiração e confiança". Mas, chiça, custa a disfarçar a saliva engasgada na faringe. Glup para o ego!

Amanhã, Talvez

Um dia, prometo passar todo um dia de expediente no mesmo transporte público. Não que me apeteça ir daqui até Paris de França na camioneta da carreira, mas urge anotar minuciosamente o material precioso que se presencia, de rabo tremido, no centro da ebulição emocional de centenas de estranhos. Mesmo que seja apenas para escrevinhar o diálogo inadiável entre duas adolescentes que, a caminho da escola, telefonam a uma terceira cúmplice para relembrar que hoje é dia de usarem os suspensórios negros estrelados.
Um dia, prometo deitar-me no banco de trás do carro, cerrar os olhos e tentar adivinhar as coordenadas do meu batimento cardíaco só pela forma das nuvens. Como fazia quando era miúda, dispersa nas curvas das minhas fantasias.
Um dia, prometo deixar-me de procrastinações, teorizar menos e agarrar o infinito pelos, errrrmm, cornos.

Hey Mr. Queijo Man

Já tinha saudades, caraças.
Boa Noite e um Queijo para ouvir AQUI ou, assim de repente, ALI.
Alinhamento na devida toca.

Now... Must... sleep... :)